O tempo
Eis
que abri os meus olhos
Viram
debaixo das minhas pálpebras
Além
do que os olhos podem ver,
Em
êxtase enxergando
Não
com os meus olhos,
Ouvindo
não com o meu ouvido,
Escutando
meu tímpano:
O
ouvido prova a palavra
Como o
paladar prova o alimento.
Não há
arte mais bela para se admirar
Que,
é, a expressão da palavra,
A
inteligência do homem
Entre
o silencio e falar,
Com a
batuta do tempo
É
perfeita encanta ao saborear.
Encanto
dos encantos vem:
Quando o homem deixa-se guiar
Pelo autor da arte mais bela “palavra”,
Não ultrapassando o limite
Dos que estão a escutar,
Ouvidos ouvem e escutam
Com paladar vem a saborear.
Quando o assunto se repete mais de três vezes
Dar-se o nome de ignorante aos ouvintes,
Os ouvidos venham a reprovar,
Ó doutores da palavra
O homem tem limite e tempo para escutar!
Ultrapassando o limite deixa-se, de, assimilar.
(Gutemberg Nunes.)
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