A única do Rei
Quando desceres ao jardim
E visitares o vergel,
Encantarás com lindas flores
De várias cores, com cheiro de mel,
São formosas em amores,
Quão aplausível és ó amor em delicias,
Para encantar o Emanuel.
Só uma lhe encanta
A única vive a encantar,
Estar no cerne do vergel
Para de amor se alimentar,
As flores vivem a louvarem:
A rainha, escolhida do eterno lar.
A pomba; imaculada; única do Rei,
Perseguida; afrontada; cobiçada,
Lutarei até o fim, não desistirei,
Cada igreja: Uma flor; uma virgem,
Mas uma só é a esposa do Rei.
Há sessenta rainhas, oitenta concubinas,
E virgens sem números
Mas uma só é a minha pomba,
A minha imaculada.
Como poderei conhecer a rainha?
Ouvi a minha voz, vos virgens,
Escutai o meu dito! E, te direi:
Aquela que tem no coração amor
Aquela que não paga dizimo!
Dizimo não paga “pois,” pertence ao Rei.
(Gutemberg
Nunes.)
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