quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Evangélico: Panteista


      Panteísta

Poeta horas vividas a deslumbrar
Vendo o além: Sol; lua; estrelas.
Astros rutilar, visões inda mar.          

Vendo nas mãos de Deus a harpa - natureza...    
- Harpa cordas a brilhar:
Brilhos cores cintilando – tocando,
Hino dó a sol sem parar,

Hinos: entardecer; anoitecer;
Amanhecer; sol dourar.
Com os olhos de Deus vejo,
Com seus ouvidos a escutar.
.............................................

Toca o hino ouvido não ouvi
Cordas cores a brilhar, olhos não vêem,       
O exausto da vida a reclamar!
Olhos vedados para o encanto
Aberto para o pranto – prantear.

Queixa-se para escutar, que dó!
Ama penumbra inda sol
Prefere gruta do mau pensamento
Do que hino do arrebol,
Quem fez a gruta escura pirilampo cria!
Não enxerga esta eterna magia.
.............................................

Hino – entardecer
Céu azul nubla rubro
Anuncio – anoitecer,
Pássaros se aninhando
Sol se pondo – torna a nascer.



Harpa toca o dó – escurecer
A musa desponta gloriosa
Estrelas – incandescer,
Brisa ao campo árvores abraçando
Beijando vitória regia e a dama majestosa.

Soa a nota mais linda do harpejar
O espetáculo da alvorada nova aurora
Murmúrio dos pássaros no alvejar
Estrela D’alva nota – sol, brilhar.

Nota elevada resplandecente dourando,
Sol luz incandescente, inda arrebol,
Todas as notas tocando harpejando,
Sobressaindo o sublime sol.

Deus criou espetáculos para os olhos,
Ouvidos para hino ouvir,
O mundo não escuta harpa tocar
Não vê o espetáculo da natureza                     
Quanto mais inda, Deus quer mostrar.
                                                                       
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Tu panteísta poeta sublime
Voa nas asas da comunhão
Bipartindo a cobertura das nuvens
E do infinito céu deixando o chão!

Sobe comigo amigo
Tu és poeta também!
Não te forçarei ir onde eu quero chegar
Se tu não queres estar
Mas ficaras nas alturas
Com os anjos céus desfrutar.






Não chegando perto de Deus
Mas penetrando no seu intimo
Nas suas entranhas até o coração,
Percebendo o seu pensamento
Seu desígnio a sua intenção.

Alcançando vôos sublimes:
Pensará como Deus
Falará como Deus
Ouvirá como Deus
Amará como Deus
Perdoará como Deus
E se sentirá como Deus!
..........................................

Poeta Deus: ver espetáculos
Que o mundo não pode ver
Ouve coisas inenarráveis
Jamais o natural homem pode entender.

Tu és o templo de Deus
Morada de Santo eterno poder!
Tu não sobes ao céu
Deus desce até você.

Tu és sacerdote para sacrificar
Tu és filho de Deus
Tu és eterno altar!
Sacrifício de louvores; glorificar; cantar.
Cântico: Hino – chorar!
Pedido atendido porta aberta
Entrar, e, em alegria medrar.

E aí! Cadê o poeta?
O poeta não existe!
Poeta? É o próprio Deus existente!
O poeta é gente!
Apenas capa, uma vestimenta,
Guardando riquezas do onipotente,
“Casa e vaso de barro”, iguais aos seus!
Como, se estivesse guardando riquezas,
Mas, sendo guardado por Deus.

                                         (Gutemberg Nunes.)


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